Será a solidão o mal do século?

Por Denise Marques, escrito em 24 de junho de 2013

Sonhos sendo substituídos pela busca do dinheiro, e é nessa busca frenética que as pessoas acabam se perdendo, perdem seus sonhos, seus princípios, seus ideais. Perdem o amor. Perdem a humanidade. 
É assustador essa troca de valores. Raro é encontrar alguém que pense em encontrar um amor pra vida toda. Raro é encontrar amizades onde não existam interesses. Raro é encontrar pessoas que enfrentem tudo em busca de seus reais sonhos. Pra onde estamos caminhando? A vida não pode ser confundida com uma competição. O dinheiro não é, nem pode ser visto como o passaporte para a felicidade. A busca pelo poder tem cegado tanta gente, tem feito o egoísmo maior que o amor, o interesse maior que a amizade. A ambição cobrindo as coisas simples. Felicidade não é tomar uma dose de uísque caro, felicidade é sair pra tomar sorvete com os amigos na praça. Felicidade é a sensação de abraçar quem a gente tem saudade. Felicidade é estar com quem a gente ama. É deitar na grama. É um dia de sol na praia. É correr em direção ao mar. É fazer alguém sorrir… Pode ser até clichê, mas a felicidade se encontra nas coisas pequenas, assim como outro clichê é dizer que só acha quem procura. Mas é. O problema é tanta gente procurando no lugar errado e se baseando em uma vida que é mostrada nas novelas, onde os ricos são os protagonistas felizes e que viajam o tempo todo e assim são felizes. Temos essa mania de achar que a grama do vizinho é mais verde e o jardim mais florido, mas quando começarmos a olhar pro nossa grama, e cultivar o nosso jardim, veremos que a nossa felicidade é a gente quem dita. As atitudes mostram que cada dia que passa as pessoas se convencem que felicidade e sucesso são sinônimos de dinheiro e poder. Chega a ser cômico ver pessoas lendo livros de autoajuda como, “como ser bem sucedido” “como encontrar um amor” “como conquistar o poder” É por isso que os romances, a filosofia, as poesias estão sendo substituídas? E o prazer da leitura fica em segundo plano, assim como os prazeres da vida. A sociedade está cada vez mais mesquinha. Gente escolhendo sua profissão pelo piso salarial, sem se importar se é aquilo que ela gosta de fazer. Matam-se trabalhando 18 horas por dia, chegando estressadas em casa, trocando a família, os amores e os amigos, para juntar dinheiro no banco? Chega ser até irracional. Gente que cultiva a solidão. Gente que só olha pra si mesmo, que se baseia e coloca em primeiro lugar valores tolos e somíticos. A vida é tão vulnerável… De repente tudo pode se esvair e será que apenas o sucesso profissional e o dinheiro é suficiente pra fazer uma vida valer?

O egoísmo está nos tornando sozinhos. Mas o que está nos tornando tão egoístas?

Denise Marques é especialista em Marketing e Gestão, com 8 anos de experiência como gestora na área educacional. Focada estratégias de comunicação, planejamento de campanhas e gestão de equipes multidisciplinares.

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